Este poema foi elaborado pela turma V4A como atividade coletiva, após a vinda à biblioteca, onde se fez a leitura orientada da obra de Oscar Wilde.

Janela para o mar...

Todos os dias vejo a mesma coisa,
A cidade, a areia e o mar.
E todos os dias imagino
Quando vou poder sair
E essa alegria sentir...
De ser livre e me poder divertir.

Olho para o horizonte,
À espera de algo por vir,
Não sei bem o que sentir.

A vida é para todos sentirem,
A morte é para todos atravessarem,
Deixo a vida ser bela, colorida como música
e a morte uma carta não escrita.

Eu cresci e floresci
Olhando para o mar,
Vendo as ondas bater na costa

Urgentemente

É urgente ajudar as pessoas

Uma, mais uma, mais uma... É urgente ser feliz

Sobreviver e ser feliz

É urgente cair

Encontrar o chão para saber do céu

É urgente ser feliz

Ser feliz e sobreviver

É urgente ser Leal

Com os lábios, com as mãos - um olhar

É urgente viver

Aquecermos a ânsia do coração

É urgente viver infinitamente

Aquecermos o sangue que corre

É urgente ter amor

Receber para dar, amar para amar

É urgente ajudar quem precisa

É Urgente

É urgente um fim para esta história haver

E um começo para que o fim aconteça

É urgente fingir estar bem

Longas são as horas de espera quando se espera

Dá-me o coração Vá! Já é hora. Quero estar bem!

É urgente descobrir rosas e rios e manhãs claras

Encontrar quem procura e saber de mais. Além!

É urgente uma pessoa para saber

Viver. Saber viver, saber ir ver

É urgente amar

E querer. Ter vontade. Ser vontade

É urgente ser consciente

De que é demasiado fácil não saber

Eis o poema coletivo do 7ºC. Parabéns, queridos alunos e alunas, pela sensibilidade. Obrigada pela beleza da poesia.

Estas produções escritas são um importante testemunho das crianças e dos jovens que viveram esta situação excecional de confinamento.