“Biblioteca” poderia ser nome de musa, com capacidade de promover a inspiração artística, científica e filosófica a quem a procurar. Imagine-se a Biblioteca como o repositório de todo o conhecimento humano distribuído por papiros, pergaminhos, alfarrábios ou suportes digitais! Imagine-se a Biblioteca como esse “lugar da cura da alma”, musa guardiã da sabedoria, templo de preservação da memória individual e coletiva, local de cultivo das artes e das ciências, fonte de inspiração, polo de atividade intelectual, de estudo e de pesquisa, vestida de cores universais e perfeitamente organizada, sendo acessível a todos!
Esta ideia sublime tem sido reproduzida desde a antiguidade pela humanidade, com os meios disponíveis, ao longo dos tempos. Tem-se reunido e classificado o conhecimento em forma documental para conservá-lo e transmiti-lo, em armazéns de cultura, onde verdadeiros achados são encontrados por quem procura. Obviamente, a organização é essencial, excluindo qualquer semelhança com um labirinto. Assim, nestes locais de circulação de conhecimento, cada corredor é um caminho, cada estante é uma paragem, cada documento é uma mansão com portas que atravessam o tempo e o espaço, todas as palavras materializam pensamentos tornados acessíveis a quem as lê. Nestes locais, a musa canta o passado, o presente e inspira o futuro. Quem lá entra, observa, dá passos, procura e encontra, ouve-a com facilidade porque reina a ordem e a função ideal é conseguida.