A OMS define saúde mental como “um estado de bem-estar no qual o indivíduo realiza as suas capacidades, pode fazer face ao stress normal da vida, trabalha de forma produtiva e contribui para a comunidade em que se insere”. Uma pessoa com boa saúde mental sente-se bem consigo e na interação com os outros e responde positivamente aos desafios e exigências do meio e do quotidiano.
É a saúde mental que abre aos cidadãos as portas da realização intelectual e emocional, bem como da integração na escola, no trabalho e na sociedade. É ela que contribui para a prosperidade, solidariedade e justiça social das nossas sociedades. Em contrapartida, a doença mental impõe múltiplos custos, perdas e sobrecargas aos cidadãos e aos sistemas sociais.
A saúde mental e prevenção da violência considera-se de inevitável abordagem nas escolas, uma vez que é transversal a todas as outras áreas prioritárias da educação para a saúde. A promoção da saúde mental é, segundo o Programa Nacional de Saúde Escolar (PNSE), o pilar da capacitação de crianças e jovens em promoção e educação para a saúde.
Na comunidade escolar é eficaz uma abordagem que inclua a “escola toda”, que use um modelo de promoção de competências socioemocionais, que use educação entre pares, que favoreça a participação e a iniciativa dos alunos, que use metodologias interativas e participadas, e que dure ao longo de vários anos de modo a se tornar uma cultura na escola.