A Escola em Portugal, neste momento, aspira a constituir um ambiente propício à aprendizagem e ao desenvolvimento de valores e de competências nos alunos que lhes permitam responder aos desafios complexos deste século, onde questões relacionadas com a identidade, sustentabilidade, interculturalidade, inovação e criatividade estão no cerne do debate atual.
Assim, é preciso criar condições de equilíbrio entre o conhecimento, compreensão, criatividade e sentido crítico, para formarmos pessoas autónomas, responsáveis e ativas.
Neste sentido, a Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas de Monção propõe continuar a inovar e a contribuir para um maior sucesso educativo.
As atividades deste início de ano letivo, nas escolas básicas de Mazedo, Vale do Mouro e José Pinheiro Gonçalves, têm sido dinamizadas de forma co-operativa e co-criativa; a professora bibliotecária, a professora de apoio à biblioteca e todos os docentes envolvidos neste trabalho colaborativo pretendem a promoção do sucesso escolar, visam educar para as literacias da leitura, digital e da informação. A Biblioteca é um ambiente rico em recurso de leitura e de aprendizagem, promove a abertura, é uma extensão multifunctional da sala de aula, participa nas atividades letivas, é um suporte para apoio educativo, constitui um apoio ao estudo, às atividades de enriquecimento curricular, aos projetos e aos clubes, permite a ocupação dos tempos livres e tem caráter lúdico e cultural.
Nesta primeira fase, cada turma veio à Biblioteca com o professor, cada aluno recebeu o seu cartão de leitor e procedeu-se ao empréstimo domiciliário; contaram-se histórias para o pré-escolar, 1º, 2º, 3º, 4º e 5º ano, privilegiando-se as obras do Plano Nacional de Leitura e as recomendadas para Educação Literária; os mais pequenos fizeram o reconto através de ilustração; os mais velhos realizaram atividades de leitura e escrita orientada; todos exprimiram reflexões e opiniões. A Biblioteca Escolar foi à sala de aula levando livros numa caixinha para serem lidos em momentos de pausa; recebeu-se quem vem para ocupar o seu tempo livre com um livro ou com jogos lúdicos e educativos. Uma vez que a promoção do aprender a fazer, a conhecer e a viver com outros vai de mãos dadas com o aprender a ser e com o autoconhecimento, a BE integrou no seu plano de atividades um momento para a criatividade, sendo que a professora Bibliotecária tem proporcionado aos meninos do pré-escolar aulas de tomada de consciência do corpo, atenção e concentração.
No dia 28 de outubro de 2019, comemorou-se o Dia Internacional das Bibliotecas com uma homenagem a Antoine de Saint-Exupéry nas Escolas de Vale do Mouro e José Pinheiro Gonçalves. Escolheu-se um excerto de “O Principezinho”, por ser um dos livros mais lidos e traduzidos em todo o mundo, mas também por ser uma obra que honra os laços eternos da amizade verdadeira.
Na escola José Pinheiro Gonçalves, num primeiro momento, as turmas do 3º ano e os seus respetivos professores assistiram ao filme em Português.
Depois, a professora bibliotecária estabeleceu a ligação com a obra literária de Antoine de Saint-Exupéry, dando a conhecer a versão literária do autor e lendo o livro: “O Principezinho para crianças”. Para a exploração do assunto, recorreu também a figuras que ilustram a ação: o rapazinho com cabelos cor de ouro, o piloto perdido no deserto com o seu avião, a raposa, a rosa e o asteroide B612. Trocaram-se opiniões sobre a importância da criação de laços que superam todas as distâncias.
Num terceiro momento, três alunos (um de cada turma) procederam à leitura dramatizada de uma passagem da obra, correspondente a um diálogo entre a raposa e o pequeno príncipe sobre o valor da amizade.
Numa quarta etapa, cada menino pintou uma ilustração fornecida pelo seu professor, representando personagens, lugares e momentos da ação, e escreveu uma frase conhecida do autor. As frases foram disponibilizadas pelos professores, cada aluno escolheu uma de acordo com o seu desenho.
Finalmente, num suporte em cartolina, elaborou-se uma árvore com as frases mais conhecidas e emblemáticas da obra, escolhidas pelos alunos e seus professores. Os trabalhos destinam-se a ser expostos.
Em Tangil, onze grupos de três alunos de idades diferentes foram a todas as salas de aula, do pré-escolar ao 9º ano, para proceder à leitura do excerto. Cada professor fez a avaliação, de 1 a 5, da atividade tendo em conta a receção e interesse manifestado pelos alunos na sala de aula perante a leitura feita pelos colegas.
Salienta-se que a planificação do programa e a execução das atividades tem procurado assentar na transversalidade, pretendendo contribuir para o desenvolvimento de princípios, valores e competências pelos quais se pauta a ação educativa.
A professora bibliotecária, Maria de Deus Gonçalves