O bater de asas de uma borboleta em Portugal pode desencadear um furacão na Nova Zelândia. Que sentido tem para nós esta máxima? Pois... tudo está ligado, tudo tem consequências, tanto boas como menos boas. Não podemos travar cada pensamento, cada palavra ou cada ato depois de os lançarmos... quase por magia ou lei da atração, têm o efeito de um boomerang, voltam multiplicados. Por que razão a humanidade está a ser afetada por um vírus que infeta e incapacita os pulmões? Não será porque impedimos a Terra de respirar durante séculos, apesar de termos consciência do nosso abuso egoísta? Ela não nos pertence. Ela tem sido o nosso lar, a nossa mãe e nós, como espécie inteligente, não a valorizamos nem a respeitamos. Queremos sempre mais, comidos pelo medo de não termos o suficiente. Este vírus foi criado por nós próprios, pela nossa insensatez e pelo nosso desrespeito por todas as formas de vida planetárias. A Terra quer respirar e quer ascender, tem esse direito e precisa que despertemos para o facto de estarmos a bordo duma grande nave viva. Somos uma arca, a arca da Aliança onde devemos trabalhar todos juntos para o bem comum. A Natureza é sábia e está a ensinar-nos a fazê-lo. Neste grande barco, as baleias têm um sonho, voltar a casa em casa, é como ir para fora cá dentro, para respirar a pureza do oceano cósmico luminoso, para mergulhar sem perigo no mar que espelha o céu, com o inconsciente iluminado pela consciência sábia e amorosa, é a União dos Mundos. Assim sendo, paremos de correr atrás do Tempo porque o Tempo todo o Tempo tem. Respiremos o milagre da Vida. Estamos com medo de perder, mais uma vez? Perder o quê? Tempo? Para ganhar, é preciso saber ter paciência. O que torna este momento maravilhoso é o facto de todas as nações lutarem para preservar vidas, em vez de lutarem entre si para destruí-las, como se tem feito século após século. Que a Paz reine para sempre no coração do Homem depois de atravessarmos esta ponte. Este é o meu maior e mais profundo desejo. Que a Vontade, o Amor e a Sabedoria inunde e abrace toda a Terra, que nEla se espelhe a pureza do Céu! Que bom seria que ninguém estivesse a sofrer neste momento. Infelizmente, não há transformação nem redenção sem dor. O planeta está a curar-se e nós também. Aproveitemos este confinamento para apreciarmos tudo o que não podíamos realmente sentir, para interiorizar, para olhar para dentro, para enfrentarmos as nossas fragilidades, para as abraçarmos dando-lhes atenção, dando-nos atenção. É hora de mudança. Estamos em transição no espaço, não estamos parados, estamos mais do que nunca a ser solicitados para a responsabilidade comum e solidariedade, todos iguais nas nossas diferenças, viajantes da galáxia, guerreiros da Luz, sonhando com uma nova Terra. A Humanidade é solicitada a renascer das cinzas, a ressuscitar, a vencer a morte, a passar mais uma ponte nesta Páscoa. A palavra Páscoa provém do termo hebraico Pessach que significa “passagem”, antes de ser a festa da ressurreição, marcava o final do inverno e a chegada da primavera. A Primavera brota já em glória, cor e perfume, indiferente ao nosso grande problema criado por um pequeno vírus. Para nós, a passagem é estreita mas, do outro lado, respira-se. Esta epidemia veio relembrar a importância do Amor! O Inferno da Humanidade é não saber amar. Antes corríamos atrás do tempo... tolinhos individualistas... agora o Sr. do Tempo obrigou-nos a parar para sentirmos o que é verdadeiramente importante, pois o essencial só pode ser visto com o Coração. Estamos todos no mesmo barco, rumo a uma Nova Terra, onde teremos os beijos merecidos da Verdade. Deus quer, o Homem sonha e a obra nasce! Então viu-se a Terra nascer redonda e bela, vestida de Azul e Ouro no Céu profundo!