Por mdeusgoncalves | Sex, 2021-12-03 12:05
e

O Beijo  da Palavrinha, de MIA COUTO

 

Bondosa e pobre era ela,

Ela tinha o desejo de ir para o mar,

Inesperada foi a doença que lhe apareceu sem contar,

Já que estava doente, foi cortando os laços aos poucos,

Os pais e a família ficaram tristes.

De tantos anos considerado tonto, Zeca teve uma ideia inteligente ao ver

A Maria Poeirinha deitada na cama sem visão.

Pois então Zeca escreveu num papel a palavra MAR.

A Poeirinha identificou o m como ondas, o a como ave e o r como rocha.

Lá Maria Poeirinha "morreu",

A palavra não deve ser essa, deve ser "renasceu".

Viver e morrer já sabemos que é normal,

Reviver é abrir mais uma porta,

Incrível  é o percurso de todos nós.

No "inferno" as coisas devem ser más,

Haverá no paraíso coisas boas e paz.

A família ficou expôs o retrato de Maria Poeirinha em casa.

 

Sara Rodrigues Fidalgo, M4A